“Conclave” é um thriller político de 2024 que mergulha nos bastidores da Igreja Católica durante a eleição papal. Dirigido por Edward Berger, o filme adapta o romance homônimo de Robert Harris, reunindo um elenco de peso, incluindo Ralph Fiennes, Stanley Tucci, John Lithgow e Isabella Rossellini.
Vamos falar um pouco sobre o filme que está dando o que falar.
Resenha do filme Conclave
A trama se desenrola após a morte repentina do Papa, quando o Colégio de Cardeais se reúne em um conclave para eleger seu sucessor. O Cardeal Thomas Lawrence (Fiennes) é designado para coordenar o processo, mas logo se vê envolvido em intrigas e segredos que ameaçam a integridade da Igreja. A chegada de um cardeal mexicano vindo do Afeganistão adiciona complexidade à dinâmica interna, transformando o conclave em um jogo de poder e manipulação.
A direção de Berger é elogiada por sua habilidade em criar tensão e suspense, mantendo o público envolvido do início ao fim. A cinematografia de Stéphane Fontaine contribui para a atmosfera claustrofóbica e intensa do filme, refletindo a natureza fechada do conclave.
As atuações são outro ponto forte. Fiennes entrega uma performance sólida como o cardeal dividido entre suas convicções religiosas e as pressões políticas. Tucci e Lithgow complementam o elenco com personagens complexos que adicionam profundidade à narrativa.
“Conclave” recebeu críticas positivas, sendo considerado um dos favoritos ao Oscar de 2025. O filme foi indicado a oito categorias no 97º Academy Awards, incluindo Melhor Filme, Melhor Diretor e Melhor Ator para Fiennes.
As polêmicas sobre o filme Conclave
“Conclave” tem gerado polêmica principalmente por sua abordagem ousada dos bastidores do Vaticano e da eleição papal.
Embora a história seja ficcional, ela explora questões sensíveis relacionadas à política religiosa, às lutas de poder dentro da Igreja Católica e ao conflito entre a tradição religiosa e os interesses políticos.
Aqui estão alguns pontos que têm contribuído para a controvérsia:
Exposição de segredos da Igreja Católica
O filme revela, de forma ficcional, os bastidores do conclave papal, apresentando disputas internas entre os cardeais, manipulações de poder e até a corrupção dentro da instituição. Para muitos, isso pode ser visto como uma forma de desrespeitar uma das mais antigas e poderosas instituições religiosas do mundo.
Representação de personagens e influências políticas
A maneira como o filme coloca o processo de escolha do Papa em um contexto de intrigas políticas e manipulação pode ser interpretada como uma crítica ao modo como a Igreja lida com questões de poder. A mistura de religião com política e a ênfase nas rivalidades internas são pontos que incomodam aqueles que veem a Igreja como uma instituição sagrada.
Exposição da vulnerabilidade da Igreja
Ao destacar falhas e divisões internas, o filme questiona a imagem pública da Igreja Católica como uma instituição moralmente irrepreensível. Isso gera desconforto entre aqueles que veem a Igreja como uma força unificadora e moral, já que o filme apresenta uma versão mais humana e falha de suas lideranças.
Reflexão sobre temas atuais
Embora o filme seja baseado em um romance de ficção, ele aborda temas que são muito relevantes na política e religião contemporâneas, como a luta pelo poder e a manipulação de massas, o que pode gerar reações de defensores da Igreja que consideram esses temas delicados e sensíveis.
Esses aspectos fazem com que o filme seja um filme polarizador, com fãs e críticos divididos sobre a forma como aborda a religião e o poder dentro da Igreja Católica.
De maneira geral, “Conclave” é um thriller político-religioso envolvente que combina intriga, drama e uma análise profunda das dinâmicas de poder dentro da Igreja Católica. Com uma direção habilidosa e atuações notáveis, o filme oferece uma visão intrigante dos bastidores do Vaticano.
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